1. Antecedentes

Quase quatro séculos haviam se passado, desde a fundação da Santa Igreja por Jesus, durante os quais, dez grandes perseguições se fizeram sentir contra a Esposa de Cristo. A Bacia do Mediterrâneo tornara-se o berço do Cristianismo, mas teve suas terras regadas com sangue de milhões de mártires.

O Cristianismo, após o Edito de Milão, 313, promulgado pelo Imperador Constantino, adquiriu a liberdade de culto. E, naturalmente, crescia o número de fiéis.

“Começa o período dos grandes Padres da Igreja, a Idade de ouro da literatura eclesiástica. Os escritores do século IV e V estão em condições de dedicar seus talentos a outras causas, ademais da defesa da Igreja contra os pagãos. O rasgo definitivo desta época é o desenvolvimento da ciência eclesiástica.”[1]

Entretanto, como o perigo nasce com a vitória, urgia haver homens inteiramente ortodoxos que soubessem conduzir o rebanho de Deus através de inúmeros riscos, entre eles, as heresias. A Providência divina enviou quais novos profetas, a fim de evitar que inúmeros cristãos se perdessem por essas falsas doutrinas. Entre eles está um que marcou sua época por suas explicitações, mas, sobretudo, por seu modelo de vida e santidade: Santo Ambrósio.

2. Vida

Ambrósio, cujo nome significa “bom odor de Deus”[2], era o último filho do Prefeito das Gálias, também de nome Ambrósio. Este, por exercer função de grande influência, tinha residência nas cidades de Arles, Tréveris, e Lyon. Crê-se fortemente ter sido em Tréveris (hoje território alemão), onde Ambrósio veio ao mundo, por volta do ano 334[3]. Os filhos eram Marcelina, Sátiro e Ambrósio. Dos três não houve um que não fosse santo, sendo posteriormente canonizados.

Um fato de grande simbolismo ocorreu quando Ambrósio era ainda recém-nascido. Enquanto ele dormia no seu berço, entrou pela janela de seu quarto um enxame de numerosas abelhas. Estas começaram a voar sobre o infante, algumas entrando e saindo de sua boca. Após uns instantes, saíram as abelhas pelo mesmo caminho de onde vieram, e elevaram-se tão alto, de modo a perderem-se de vista. O fato impressionou a todos, sobretudo a seu pai, o qual viu neste episódio o sinal de um glorioso futuro para seu filho.[4]

Ambrósio viveu com sua família nas Gálias até o falecimento de seu progenitor. Após isso, partiu a Roma com seu irmão, sua irmã e sua mãe, contando o santo não mais de cinco anos. Recebeu uma sólida formação cultural e religiosa. Sobressaía-se notavelmente nos estudos das belas letras, pois possuía uma inteligência pouco comum, rapidez de espírito e temperamento alegre.

Conta-se que Ambrósio, acostumado a ver sua mãe e irmã oscularem as mãos de personalidades eclesiásticas, de modo jocoso, “apresentou, um dia, a mão à sua irmã para que ela lha osculasse, dizendo que um dia ele se tornaria bispo”. [5]

Ambrósio cresceu em meio às altas personalidades romanas, numa época em que a Igreja gozava já de liberdade de culto.

Seus estudos e formação lhe outorgaram a simpatia de Anício Probo, prefeito do Pretório romano, e este o nomeou governador da Emilia e da Ligúria, que compreendiam vastíssima região, tendo por metrópole a Milão. “O Imperador Valentiniano confirmou esta eleição, acrescentando a dignidade de cônsul.”[6]

Quando estava partindo a Milão para tomar posse do cargo, Probo disse-lhe: “Vá, e atue não como juiz, mas como Bispo”. Isto queria significar que deveria governar com caridade e afabilidade. Em pouquíssimo tempo Ambrósio ganhou a simpatia e as graças do povo. “Precisamente ali, se dava com ardor a luta entre ortodoxos e arianos, sobretudo, depois da morte do bispo ariano Auxêncio.”[7]

Ora, tendo falecido o Bispo ariano Augêncio que ocupava a Sede de Milão, em 374, puseram-se os católicos e arianos a disputar quem ocuparia seu lugar. Grande fazia-se a disputa, ameaçando um entrechoque. Santo Ambrósio, como governador, decidiu ir ao encontro de ambos os bandos, a fim de acalmar a situação. Interpondo-se, falou com tanta sabedoria e discernimento que em pouco tempo o apaziguamento dos ânimos fez-se sentir.

De repente, uma voz de criança exclamou em meio à multidão: “Ambrósio bispo! Ambrósio bispo!” E àquela voz inocente juntaram-se a de todos, que reconheceram a ação do Espírito Santo, naquela singela opinião: “Ambrósio será nosso bispo!” Vale a pena notar que Ambrósio falou com tal firmeza, unindo sua característica bondade, que até mesmo os arianos se dispuseram a elegê-lo.

Apesar de o santo alegar sua ‘indignidade’, não houve razão que pudesse fazer os presentes desistirem de seus projetos. Por fim, percebendo que nada mais podia, Ambrósio aceitou o cargo que ele tanto temia.

Entretanto, o cônsul de Milão era apenas catecúmeno. Tendo sido enviada uma rápida emissiva ao Imperador, que se encontrava não muito distante, este se alegrou sobremaneira, ao ver que aquele enviado por ele como governador, era aclamado bispo.

Santo Ambrósio foi batizado no dia 30 de novembro de 374, recebeu as ordens sagradas nos dias subsequentes e, finalmente, ordenado bispo no dia 7 de dezembro. No período de apenas uma semana foram-lhe conferidos os sacramentos devidos. O presbítero Simpliciano ocupar-se-ia de sua formação teológica.[8]

Após sua ordenação, sendo visitado por sua irmã Marcelina, Ambrósio estendeu-lhe a mão esboçando um leve sorriso, e dizendo: “não lhe dizia que um dia oscularias a mão do sacerdote?”

“Como bispo, seu caráter firme, mas amável, se detecta, sobretudo, em sua ampla correspondência. Faz transluzir sua energia de homem de ação, una firmeza moral matizada por sua amabilidade natural, bondade real e piedade ardente.”[9] Logo que ascendeu ao episcopado, fez três propósitos que os manteve até o fim de sua vida: não passar um só dia sem celebrar o Santo Sacrifício; pregar o Santo Evangelho todos os domingos; não omitir nada que pudesse contribuir ao florescimento da Santa Igreja e à destruição da heresia.

No ano de 375 morreu Valentiniano que tanto ajudara o santo. Seus filhos Graciano, de dezessete anos, e Valentiniano de quatro, tiveram o apoio e o cuidado de Santo Ambrósio, que os tratou como verdadeiros filhos.

Contudo, Justina a mãe dos jovens imperadores era ariana, e querendo a todo custo que os hereges tivessem direito a reunir-se em uma igreja, por ocasião da Páscoa, mandou em nome do imperador Graciano, seu filho, que a reunião se desse na Basílica Porciana. Os arianos cercaram o templo onde Santo Ambrósio estava a terminar a Santa Celebração. Manteve-se firme o prelado, não lhes abriu as portas, forçado a manter-se preso juntamente com o povo, durante alguns dias. Até a questão se resolver, aproveitou o tempo para catequizar os que ali se encontravam por meio de cânticos sacros. Compunha-os na hora, e o povo memorizava aquelas palavras imbuídas de profunda teologia e piedade. Muitos desses hinos são rezados e cantados no ofício divino até hoje.

Numa dessas ocasiões, em que estava reunido com a turba fidelium no templo, a Providência dignou-se revelar-lhe onde estavam enterrados os corpos de São Gervásio e Protásio.

No ano de 384, Justina furibunda contra o catolicismo, declarou uma perseguição contra a Igreja, ameaçando a expulsão dos cargos os bispos que não aceitassem determinações a favor dos arianos. Santo Ambrósio respondeu que em causa de fé, nunca os imperadores têm potestade para julgar os bispos.

Já nessa época, estava em Milão um jovem africano chamado Aurélio Agostinho. Encantado com a oratória de Santo Ambrósio, comparecia à igreja para escutá-lo: “Não me esforçava por aprender o que o Bispo dizia, mas só reparava no modo como ele falava.”[10] Assim Agostinho acabou por converter-se. Há tempo procurava a verdade, mas como se decepcionara com o Maniqueísmo, heresia à qual havia se aficionado, tentava encontrar alguém que lhe explicasse suas perplexitantes dúvidas. E Santo Ambrósio foi o homem escolhido por Deus, para converter aquele que seria um dos maiores luminares da Igreja: Santo Agostinho, a “águia de Hipona”.

Malgrado o ódio e inimizade que a imperatriz Justina nutria contra o Bispo de Milão, reconhecia sua personalidade, fama e potestade de que ele gozava. E, num momento de grande perigo, quando um tirano chamado Máximo ameaçava dominar e sublevar o poder do Império, Justina pediu que Santo Ambrósio convencesse Máximo de desistir de seus projetos.

O santo aceitou, e dirigiu-se até Tréveris, onde fez frente ao tirano. Este pasmado pela intrepidez do prelado, respeitou-o. Porém, já estava decidido a destronar Valentiniano. Foi então que Justina pediu o auxílio do Imperador do Oriente, Teodósio. Este acedeu de boa vontade de cruzar o estreito de Constantinopla até Roma. Atacou Máximo e venceu-o restabelecendo o Imperador Valentiniano no cargo. A amizade cresceu profundamente entre o Santo Bispo e Teodósio.

Porém, algum tempo depois, o povo de Tessalônica revoltou-se contra o Imperador Este, para vingar a afronta, ordenou o massacre do povo, ocasionando uma carnificina de cinco mil pessoas. Santo Ambrósio ficou profundamente triste, e escreveu-lhe duas cartas incitando o imperador à penitência. Num dia que Teodósio dirigia-se à igreja, o Bispo de Milão barrou-o na porta, excomungando-o. Como o Imperador alegasse que David também havia pecado, Santo Ambrósio lhe respondeu: “Se tu o imitaste no pecado, trata de imitá-lo também na penitência”.[11] Após oito meses de penitência pública, Teodósio pôde ser readmitido à comunhão da Igreja.

Santo Ambrósio teve um papel preponderante, quando Graciano mandou derrubar a estátua da deusa Vitória, símbolo do paganismo romano.

No mês de fevereiro de 397, o santo prelado caiu enfermo. Alguns dias antes de sua morte apareceu-lhe o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, consolando-o.

Por fim, numa sexta-feira santa, 3 de Abril de 397, em meio às fadigas da doença, Santo Ambrósio permaneceu em profunda oração, até que à meia-noite, Sábado Santo, entregou sua alma a Deus.

3. Escritos

Os escritos de Santo Ambrósio se dividem em duas classes: a primeira diz respeito às Sagradas Escrituras; já na segunda classe, são reconhecidos os textos acerca dos dogmas, moral e disciplina. [12]

3. 1. Primeira Classe

Hexaméron (389): Tratado sobre a criação dos seis dias. Este escrito tem por objetivo refutar as diversas opiniões pagãs sobre a criação. Ele demonstra como o sistema mais “racional” para se crer na criação do Universo é o sistema de Moisés. Ou seja, que o Universo é obra de Deus, que tudo criou pelo Verbo Divino. As palavras fiat lux indicam que a vontade de Deus é a causa e a regra de todas as coisas criadas, e essa regra, serve a Santo Ambrósio para explicar toda a criação.

Sobre o Paraíso (375): Obra escrita pouco após ascender ao episcopado, foi composta pelo santo Bispo de Milão com o fim de instruir e premunir os simples contra os “sábios” heréticos, os quais se serviam de falsas interpretações da Escritura para induzir ao erro. Santo Ambrósio trata sobre o Autor do Paraíso; o que é o Paraíso; qual foi a conversa havida entre a serpente e Eva. Ele faz uma comparação entre o Paraíso e a alma humana, entre a árvore da vida e a sabedoria da virtude, sem, entretanto, deixar de reconhecer que o termo “paraíso” indica um lugar material onde Deus colocou o homem após sua criação. Também estabelece contra os maniqueus a unidade de um único Deus criador, e de Deus como primeiro princípio.

            Sobre Caim e Abel (375): É uma continuação da obra acima citada, pois foi chamada durante muito tempo, o IIº livro doParaíso. O tema é o nascimento, a vida, os costumes e a diferença entre os sacrifícios de Caim e Abel. Nestes dois filhos de Adão, estariam respresentadas as duas classes de homens no mundo: bons e maus, judeus e gentios, heréticos e cristãos.

            Sobre a Arca de Noé (379): Narração e comentários acerca do castigo de Deus e do santo Patriarca Noé. Obra muitíssimo bem trabalhada, embora careça-se da totalidade dela.

Sobre Abraão (387): O escrito que possuímos hoje consta de duas partes, mas outrora constituía uma obra única. A primeira parte, ou livro, é um recito das ações e virtudes do santo patriarca, assim como modelo de sábio na fé, na sua submissão e sacrifício. Propõe também Sara como modelo das esposas e mães cristãs. O segundo livro fala das ações de Abraão, mas já sob um enfoque mais espiritual, aplicando-as à vida interior.

            Quase todos os livros acerca dos patriarcas, são oriundos dos sermões que o santo de Milão fazia ao povo. É por isso que são riquíssimos em exemplos, mas sem uma contínua ordem lógica, pois Santo Ambrósio falava de acordo com a ação da graça na assembléia.

            Sobre Isaac (387): É a continuação do livro precedente, escritos portanto, na mesma época.  Quando é tratado o episódio do casamento entre Isaac e Rebeca, o Bispo de Milão faz um paralelo da união do Verbo com a alma. Estabelece quatro graus pelos quais pode-se chegar à essa perfeita união: fuga das voluptuosidades;  o segundo é de desejar o “ósculo do esposo”, pela força de orações e amor; o terceiro é de oscular os bens espirituias, unindo-se ao Verbo; por fim, é de habitar junto a Ele, no tálamo santo.

         Sobre o bem da morte (387): Também nota-se uma continuação sobre a vida dos patriarcas. Santo Ambrósio distingue três tipos de morte: a morte do pecado, que mata a alma; a morte ao pecado, a morte mística, a fim de ressuscitar com Nosso Senhor Jesus Cristo; e finalmente, a morte natural.

Sobre a fuga do mundo (387): Fugir do mundo, consiste não numa separação corporal, mas esquecer-se de seu corpo para voltar-se a Deus, pelos pensamentos de fé, pelas aspirações da esperança, e pelos élans da caridade.

Sobre Jacob e a vida bem-aventurada (387): É um tratado de conduta aos novos cristãos, de lições de moral e prática de virtude, tomando como exemplo o Patriarca Jacob.

Sobre José (387): Após falar sobre Abraão, Isaac e Jacó, cabe descrever a belíssima história de José. Este é proposto como exemplo de castidade.

Sobre a benção dos patriarcas (387): Este tratado forma como uma segunda parte do livro de José. Salienta a importância da bênção de um pai a seus filhos, bênção que se estende inclusive à outra vida. A bênção de um pai a seu filho é como uma graça de Deus.

Sobre Elias e o jejum (390): Compilação de sermões durante a qauresma. A importância do jejum.

Sobre Nabot (395): Trata sobre a importância que os ricos devem ter para com os mais necessitados.

Sobre Tobias (377): Sermões contra a prática da usura.

Sobre a lamentação de Job e de David (383);

Apologia de David (384): O objetivo desta obra é de exaltar a fé de alguns fiéis que, embora tenham pecado, sabem por meio da penitência confessar seu crime e levantar-se.

 Explicação de alguns Salmos (384);

Sobre o Evangelho de São Lucas (383): O Santo bispo de Milão é o primeiro dos escritores latinos a empreender o comentário do Evangelho de São Lucas. Atendo-se mais literal e histórico que ao moral, o santo comenta as aparentes contradições existentes entre os evangelistas. Esclarece muitos detalhes de passagens obcuras da Sagrada Escritura.

3.2. Segunda Classe: Obras não exegéticas.

Tratado dos ofícios ou Ofício dos ministros: Santo Ambrósio além de exortar os clérigos a terem uma conduta irreprensível, quis deixar por escrito que os ministros de Deus sã exemplos para todo o povo.

Sobre a Virgindade (377):  A virgindade é uma das primeiras virtudes da religião, e um prelado deve inspirar o gosto pela prática desta virtude. O Bispo de Milão foi um propagador entusiasta da virgindade. A pedidos de sua irmã, Santa Marcelina, Santo Ambrósio consentiu em redigir estes sermões como um tratado

Livro das viúvas (377): Santo Ambrósio escreveu este livro para exaltar a viúvez honrada.

Sobre a educação de uma Virgem (391): Este tratado é propriamente a apologia da Virgindade de Maria Santíssima. Escrito a pedidos de uma virgem consagrada de Antioquia, santo Ambrósio após afirmar ter o pecado entrado no mundo por uma mulher, afirma que esta falta foi reparada pela Santíssima Virgem, dando à luz o Salvador. Ataca com todas as garras aqueles que negam a virgindade perpétua de Maria. Explica que o termo aparentemente simples de “mulher”, com o qual Nosso Senhor A chama, não fere em nada a dignidade da Mãe de Deus. Ademais, o fato de dizer “os irmãos de Jesus” não quer dizer que Nossa Senhora tenha tido outros filhos, visto que “irmão” era trato referente às pessoas de uma mesma família. Trata outrossim das virtudes que uma virgem deve ter.

Exortação à virgindade (393); Sobre a queda de uma virgem;

Sobre os mistérios (387): Explicação nas Véspera de Páscoa aos catecúmenos, sobre os sacramentos de iniciação cristã, Batismo, Confirmação e Eucaristia.

Sobre os Sacramentos;

Sobre a Penitência (393): Este tratado é escrito sobretudo contra os Novacianos, que negam o poder que a Igreja tem de perdoar os pecados, em especial, daqueles que negaram a Fé, os lapsi. Afirma Santo Ambrósio que, uma vez que foi o próprio Cristo quem instituiu este sacramento, todo pecado pode ser perdoado, e convida os fiéis a acercarem-se deste sacramento.

Sobre a Fé: Escrito a pedido de Graciano Imperador, pois este queria premunir-se contra os erros arianos. Explica detalhadamente a divindade do Filho. A obra está dividida em cinco livros. Ele termina o livro com um hino que é uma oração estupenda à Santíssima Trindade.

Sobre o Espírito santo (381): Como continuação da obra precedente, este escrito é inspirado na teologia graga para afirmar a identidade de Essência entre o Espírito Santo, o Pai e o Filho. A sua terminologia trinitária foi assumida depois por Santo Agostinho.

Sobre a Encarnação (381): Obra dirigida contra os arianos.

Cartas de Santo Ambrósio: Possui-se hoje em dia 91 cartas do Santo Bispo de Milão. Entre elas: Três cartas ao Imperador Valentiniano;Cartas a Santa Marcelina; Duas cartas a Teodósio;

Discurso contra Auxêncio; Sobre a morte de Sátiro; Oração fúnebre de Valentiniano; Oração fúnebre de Teodósio; Hinos;

“Enfim, todas estas obras fizeram merecer a Santo Ambrósio o título de Ilustríssimo doutor da Igreja, de fortaleza da Fé, de orador da catolicidade, e fizeram-no brilhar como um astro com raios esplêndidos, o qual iluminou com sua luz todos os recantos do Ocidente”.[13]


BIBLIOGRAFIA

 

BENEDICTO XVI. Los Padres de la Iglesia: de Clemente de Roma a San Agustín. Madrid: Cuidad Nueva, 2010.

M. MIGNE. Nouvelle Enciclopédie Théologique: Dictionnaire de Patrologie IIJ.P. Migne: Paris, 1851.

PATRÍSTICA. Ambrósio de Milão. São Paulo: Paulus, 1996.

QUASTEN, Johannes. Patrología II: la edad de oro de la literatura patrística griega. Madrid: BAC, 1962.

SANTO AGOSTINHO. Confissões X 13. Apud BETTENCOURT, Pe. Estevão Tavares. Curso de Patrologia. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2003.

TREVIANO, Ramón. Patrología. Série Sapientia Fidei. Madrid: BAC, 1994.


[1] QUASTEN, Johannes. Patrología II: la edad de oro de la literatura patrística griega. Madrid: BAC, 1962.

[2] “Ambrósio vem de ‘ambar’ que é uma substância odorífera e preciosa. Ora, Santo Ambrósio foi precioso à Igreja, espalhando um bom odor pelas suas palavras e ações. Ou Ambrósio vem de ambar e de de ‘sios’, que quer dizer Deus, como ‘ambar de Deus’.” (JACQUES DE VORAGINE. Légende Doré. Paris : Édouart Rouveyre, Paris 1902. Tradução Nossa)

[3] Os autores discutem a data exata do nascimento de Santo Ambrósio. Muitos a fixam em 337, 339 ou em 340.

[4] MIGNE. Nouvelle Enciclopédie Théologique: Dictionnaire de Patrologie I. J.-P. Migne: Paris, 1852. p. 252.

[5] Ibid.

[6] Ibid. p. 253

[7] BENEDICTO XVI. Los Padres de la Iglesia: de Clemente de Roma a San Agustín. Madrid: Cuidad Nueva, 2010. p. 162.

[8] O Presbítero Simpliciano foi quem tomou a sede episcopal no lugar de Santo Ambrósio, após a morte do mesmo.

[9] TREVIANO, Ramón. Patrología. Série Sapientia Fidei. Madrid: BAC, 1994. p.233.

[10] SANTO AGOSTINHO. Confissões X 13. Apud BETTENCOURT, Pe. Estevão Tavares. Curso de Patrologia. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2003. p. 122.

[11] AMBRÓSIO DE MILÃO. Patrística. São Paulo: Paulus, 1996. p. 13.

[12] As obras de Santo Ambrósio, sua divisão e as resenhas acerca da cada uma, são baseadas no libro do Abbé M. Migne. Op. Cit.

[13] M. MIGNE.Op.Cit. p.305