Millon Barros de Almeida (3º ano de Teologia)
Muitas vezes ouvimos dizer que alguma verdade sustentada pela Igreja não pode ter credito, por não ser “científica”… “dogma” largamente difundido, sobretudo com o avanço positivista a partir do século XIX. Porém, a Igreja nunca deixou de afirmar sua doutrina “dotada de potência”. Entretanto, nesta última segunda-feira, o jornal ABC de Madri publicou uma notícia que vai de encontro a um “dogma científico”.
O investigador Paul Bloom e sua equipe de psicólogos do Infant Cognition Center da Universidade de Yale (Connecticut – E.U.A.) descobriram – por meio de experiências que verificam a capacidade de diferenciar entre o comportamento útil e o inútil como indicador do juízo moral – que as crianças de apenas seis meses são capazes de fazer juízos morais, afirmando assim que nós nascemos com um código ético “formatado” no cérebro. Mudando a linguagem científica e usando termos teológicos, é o mesmo que afirmar com a Igreja que o homem possui o decálogo impresso na alma por Deus, ou seja, aquilo que se apelida por Lei Natural.
O primeiro teste feito com bebês de seis a dez meses é bem simples. É-lhes representada uma cena com formas geográficas. Uma bola vermelha tenta subir uma colina, e é auxiliada de vez em quando por um triângulo amarelo que a empurra. Outras vezes um quadrado azul obstrui o caminho, atrapalhando assim a ascensão da bola vermelha. Depois de mostrada a encenação, pedia-se que os bebês escolhessem uma das figuras. E o resultado foi espantoso: 80% das crianças escolheram a figura útil.
No segundo teste foi apresentada para as crianças a seguinte cena: um cachorro tenta abrir uma caixa, e um urso de pelúcia procura ajudá-lo, porém outro urso senta-se em cima da caixa para atrapalhar a operação do cachorro. Depois de mostrar a cena, várias vezes, para os bebês, faz-se com que eles escolham um dos ursos: a maioria das crianças preferiu o urso colaborador.
A última experiência é ainda mais impressionante. É apresentada às crianças uma cena com marionetes: um gato brinca com uma bola na companhia de dois coelhos. Quando o gato perde a bola, um dos coelhos recupera-a e devolve para o gato. Em outro momento o gato perde novamente a bola e outro coelho a pega, porém, foge com ela, roubando-a do gato.
Após verem a cena, é pedido que os bebês escolham um dos dois coelhos. Neste caso as crianças de apenas cinco meses escolheram o coelho honesto, e as de vinte e um meses foram mais intransigentes… chegaram a bater com a mão na cabeça do coelho ladrão.
Vemos, portanto, como cientificamente é provada a existência da Lei Natural e dos primeiros princípios impressos na alma humana, diferente do que apregoou o psicólogo Sigmund Freud e seu discípulo Jean Piaget, que afirmavam ser o homem um “animal moral” que vem à vida como se fosse um tecido ou papel em branco, e que tem sua consciência formada apenas pelo ambiente que o rodeia. Segundo eles, a criança não sabe o que é certo ou errado, e seu julgamento estará condicionado à sua educação.
O que diria Freud se houvesse tido conhecimento das experiências de Paul Bloom? Será que os dados adquiridos não são positivos, ou científicos?…
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[…] pouco tempo atrás, foi publicado, no ITTA Notícias, um artigo intitulado: “Como um bebê venceu Freud”. O seu autor comentava uma série de experiências realizada nos Estados Unidos, pelo […]
[…] pouco tempo atrás, foi publicado, no ITTA Notícias, um artigo intitulado: “Como um bebê venceu Freud”. O seu autor comentava uma série de experiências realizada nos Estados Unidos, pelo […]