Quando é inútil rezar?

Mons. João S. Clá Dias, EP

Se quisermos ter certeza de que nossa oração é atendida por Deus, devemos imitar o modo de rezar do publicano, humilhando-nos diante d’Ele e pedindo perdão por nossos pecados.

Disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 “Subiram dois homens ao Templo a fazer oração: um era fariseu e o outro publicano. 11 O fariseu, de pé, orava no seu interior desta forma: ‘Graças Te dou, ó Deus porque não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem como este publicano. 12 Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo o que possuo’. 13 O publicano, porém, conservando-se à distância, não ousava nem sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: ‘Meu Deus, tende piedade de mim, pecador’. 14 Digo-vos que este voltou justificado para sua casa e o outro não; porque quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Lc 18, 9-14).

I – O orgulho: causa de todos os vícios

“Serpentes! Raça de víboras!” (Mt 23, 33). Eis alguns dos títulos saídos dos divinos lábios de Jesus para designar os fariseus. Nesse mesmo capítulo de Mateus, estão agrupadas as principais recriminações de que foram objeto: eram “hipócritas”, despojavam as viúvas, fechavam as portas do Reino do Céu, transformavam seus prosélitos em filhos do inferno, eram “insensatos guias de cegos”, “sepulcros caiados”, herdeiros da maldição pelo “sangue inocente derramado sobre a terra”.

Na realidade, foram eles os mais ferrenhos opositores ao Reino de Deus, trazido pelo Messias. E apesar de as provas a respeito do Reino serem numerosas e evidentes, eles não só as rejeitavam como, se lhes era possível, silenciavam-nas ou ofereciam malévolas interpretações às mesmas.

Em suas almas, onde estaria fixada a raiz desse terrível pecado contra o Espírito Santo?

A mais perigosa das vaidades

Os fariseus tiveram uma origem virtuosa, quando procuraram se separar daqueles que se deixavam influenciar pelo mundano relativismo propagado pela Grécia, por volta de duzentos anos antes de Cristo. Porém, por falta de vigilância e ascese,
como não raras vezes acontece, caíram numa das mais perigosas vaidades: a que se junta ao desejo de perfeição.

Ao abraçar as vias da santidade, é indispensável ao cristão colocar o interesse de Deus acima de toda a ­criação, como também, devotar aos interesses do próximo uma atenção maior do que aos seus, de ordem pessoal, e estes, confiá-los à Providência Divina, tal como ensina o salmista: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória” (Sl 113, 9).

Esqueceram-se os fariseus ser necessário pôr um freio em seu ânimo, para evitar sua imoderada exacerbação, praticando, assim, a essencial virtude da humildade, tal como a define São Tomás de Aquino: “A humildade reprime o ­apetite, para que ele não busque grandezas além da reta razão”.[1] “Importa que conheçamos o que nos falta, em comparação com o que excede nossa capacidade. É próprio, pois, da humildade, como norma e diretriz do apetite, conhecer as próprias deficiências”.[2]

Na ausência da virtude da humildade, lento mas profundo e fatal foi o processo de uma separação dos demais, em princípio boa e até necessária, para metamorfosear-se numa supervalorização de suas autênticas ou supostas qualidades morais. É suficientemente ilustrativo desse estado de alma, ouvir estas palavras, saídas dos lábios de um rabino, e recolhidas pelo Talmud: “Dizia R. Jeremias, chamado Simão, filho de Jochai: Eu posso compensar os pecados do mundo todo, desde o dia em que nasci até hoje; e se meu filho Eleazar morresse, poderia livrar todos os homens que existiram no mundo, desde a sua criação até hoje. E se estivesse conosco Jotan, filho de Uzias, poderíamos fazer isso de todos os pecados, desde a criação do mundo até o seu final […]. Via os filhos do banquete divino, e eram poucos. Se fossem mil, meu filho e eu estaríamos entre eles; se fossem apenas dois, seríamos meu filho e eu”.[3]

Quem se deixa levar pelo orgulho não respeita limites

Uma vez perdida a humildade, pela vã complacência consigo, o orgulho no fariseu — como em qualquer caso — não mais respeitou nenhum limite. Ensoberbecido, colocou-se no centro do universo, exaltando as próprias qualidades. Não só desprezava as do próximo, como buscava exagerar os defeitos deste, sendo que às vezes o fariseu os possuía em maior grau.

Devido à sua incontida jactância, ele invariavelmente tinha razão em suas opiniões. Os fracassos sempre se davam pelo fato de não o terem procurado para consulta. Se muitos discordavam do fariseu, no fundo era porque — segundo ele — a sabedoria pertence a uma minoria seleta. Se todos eram unânimes com ele, sentia-se o dirigente. Se houvesse uma autoridade à qual ele devesse submissão, procuraria dominá-la; porém, como na maioria das vezes isto não era fácil, partia ele para a censura, a crítica e a sabotagem, acabando por ingressar pelas vias da desobediência. Ademais, sempre se manifestava ingrato, pois qualquer benefício que se lhe fizesse seria um ato de pura justiça e, por isso, nunca agradecia.

Como todo orgulhoso, o fariseu, ao se constituir o foco das atenções, não tolerava quem não girasse ao seu redor e, tomado de inveja, fomentava discórdias sempre que as circunstâncias as exigissem, lançando mão, inescrupulosamente, de detrações, calúnias, etc.

Nos fariseus, a hipocrisia se soma ao orgulho

Em essência, ele era um ególatra, mas, por sua refinada hipocrisia, apresentava-se respeitoso diante de Deus e justo em relação aos homens. Como nem sempre conseguia ocultar alguns de seus vícios evidentes, negava que assim o fossem.

Pobre fariseu! Não se dava conta dos males que despencavam sobre ele, pelo fato de procurar a glória onde não existia. Não percebia ele, o quanto o vício da soberba é o primeiro, não só em se manifestar exteriormente, como também em ser discernido por todos, com rapidez. Ele morreria, talvez, sem tê-lo explicitado, mas aqueles que com ele conviviam já o haviam catalogado.

Como poderia corrigir-se o fariseu desse defeito, uma vez que não queria reconhecer-se vítima de tão grave mal? Já se tinha por santo… Era-lhe muito difícil converter-se, pois tal como diz Santa Teresa, a humildade é a verdade.[4]

Ser-lhe-ia indispensável que se visse, e até se sentisse, tal qual era; que discernisse claramente a procedência dos lados bons e maus de sua alma. Se assim fosse, reconheceria o bem que havia nele, para de imediato atribuí-lo a Deus. Da mesma forma, ao constatar sua maldade própria, suas faltas e seus pecados, atribui-los-ia à sua vontade deteriorada e perversa. Impostando assim seu espírito, com flexibilidade admitiria que sem o auxílio da graça, o cristão não só deixa de cumprir de modo estável os Mandamentos da Lei de Deus, como até mesmo, é incapaz de pronunciar uma palavra boa. Ele jamais falaria de si próprio ou de suas virtudes e, se por razões de força maior, fosse obrigado a fazê-lo, imitaria São Paulo: “Gratia Dei sum id quod sum — Pela graça de Deus, sou o que sou” (I Cor 15, 10).

Se entrasse por essas vias, seu “interior seria luminoso” porque seu olho seria limpo (cf. Mt 6, 22); já não mais teria vendadas suas vistas pelo amor-próprio. Discerniria a presença de Deus a cada passo, em todas as circunstâncias de sua vida e, por outro lado, não faria ilusões sobre a debilidade, as inclinações e a malícia da criatura humana.

Faltava ao fariseu aprender com Santa Teresa o quanto é necessário andar na verdade: “Certa vez, estava eu considerando por que razão era Nosso Senhor tão amigo desta virtude da humildade, e me veio repentinamente — a meu ver sem ponderações, mas de súbito — este pensamento: é porque Deus é a suma Verdade, e a humildade é andar na verdade. E é uma grande verdade não haver nada de bom em nós, mas apenas miséria e ser nada; e quem não entende isso, anda na mentira. Quem melhor o entenda, agrada mais à suma Verdade, porque anda nela”.[5]

Se esse caminho trilhasse o fariseu, jamais poria sua confiança em si próprio, mas só em Deus, submetendo-se em tudo à sua santíssima vontade. Teria para com os outros uma ­real caridade, como recomenda São Tomás de Aquino: “Devemos não só reverenciar a Deus em Si mesmo, mas também o que é de Deus, em toda e qualquer pessoa”.[6] “Pode alguém, sem falsidade, ‘reconhecer-se e mostrar-se como o mais indigno de todos’, levando em conta os defeitos ocultos que traz em si mesmo e os dons de Deus ocultos nos outros. Por isso, Agostinho diz: Estimai, interiormente, superiores os que vos são, exteriormente, inferiores. Do mesmo modo, sem fingimento, pode alguém se confessar e se acreditar indigno e inútil para tudo, pelas forças próprias, atribuindo a Deus toda a sua capacidade, conforme se diz: ‘Não é por causa de uma capacidade pessoal, que poderíamos atribuir a nós mesmos, que somos capazes de pensar; é de Deus que vem a nossa capacidade’”.[7] Por isso mesmo, o fariseu, ao constatar os progressos espirituais realizados por auxílio da graça, na prática da virtude, deveria considerá-los como relativos, e reconhecer o quanto poderia ter correspondido mais aos dons de Deus.

Sublime exemplo do Divino Mestre

Eis algumas razões pelas quais encontramos nas Escrituras Sagradas tantas vezes o incentivo à humildade. Como teria sido outra a História, se os fariseus tivessem ouvido e amado o convite do Divino Mestre: “Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para vossas almas” (Mt 11, 29). Se estivessem presentes no ato praticado por Jesus, por ocasião da Santa Ceia, e recolhessem no coração as palavras por Ele proferidas logo após: “Dei-vos o exemplo para que, como Eu vos fiz, assim façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes” (Jo 13, 15-17), teriam ademais, a verdadeira paz de alma e inteira felicidade.

Voltemos agora, nossos olhos à parábola proposta pela Liturgia de hoje.

II – A parábola do fariseu e do publicano

9 Disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezavam os outros…

São interessantes as considerações feitas pelos comentaristas a propósito da presente parábola. Dentre elas se destaca a de Santo Agostinho que se relaciona com o versículo anterior: “Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a Terra?” (Lc 18, 8). A fé é a virtude de quem põe em Deus sua confiança, e não em si próprio. “A fé não é do soberbo, mas sim do humilde. Contra a soberba, [Jesus] põe a parábola sobre a humildade”,[8] que vai dirigida àqueles que não agradam a Deus com suas orações devido à sua presunção. A estima desequilibrada dos próprios méritos vai contra a realidade, sobretudo, quando o orgulhoso se julga impecável. Em tese, pela graça de Deus e pela existência do livre-arbítrio, poderia haver um homem sem pecado mas, à exceção feita do Filho do Homem e de sua Mãe Santíssima, não há outro, conforme o Salmista: “Não entreis em juízo com o vosso servo, porque ninguém que viva é justo diante de Vós” (Sl 142, 2), ou melhor ainda, como afirma São João: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (I Jo 1, 8).[9]

A parábola se destina aos que supervalorizam suas qualidades, julgando-se santos e até mesmo impecáveis, tratando os demais com desprezo. Trata-se de uma luva feita à medida para caber em mão farisaica, ou daqueles que podem ser classificados como seus discípulos, imbuídos, portanto, do mesmo espírito. Três são os vícios visados: confiança em si próprio, presunção de santidade e desprezo pelos outros; vícios esses, contrários às virtudes: fé, humildade e caridade.

10 “Subiram dois homens ao Templo a fazer oração: um era fariseu e o outro publicano”.

Eis uma simples frase penetrada de substanciosos significados. À mesma hora e no mesmo empenho de rezar, sobem ao monte Moriah, onde se localiza o Templo, dois homens: um fariseu e um publicano. O primeiro já é conhecido. O segundo pertencia à classe por todos considerada como de pecadores, odiada por cobrar impostos a serviço dos romanos. Segundo o juízo humano, o fariseu é justo, cheio de virtude e piedoso, e certamente irá proferir uma excelente prece. O outro, pelo contrário, pecador tão desprezível, não conseguirá senão atrair sobre si o escândalo de todos e a cólera do próprio Deus.

Inútil oração do fariseu

11 “O fariseu, de pé, orava no seu interior desta forma: ‘Graças Te dou, ó Deus porque não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem como este publicano. 12 Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo o que possuo’”.

Será difícil crer não ter sido real essa oração. Em sua divindade, quantas vezes não recebeu Jesus, das criaturas humanas, pensamentos semelhantes ou até mais orgulhosos do que esse? Pode-se falar em oração? Não! Trata-se de um profundo ato de orgulho, de um autoelogio, e de um insolente desprezo pelos demais homens.

“Graças Te dou…”. Nada melhor do que dar graças a Deus. É piedoso e meritório, mas essa impostação de espírito deve proceder da consideração de nosso nada, de um vigoroso sentimento de nossas fraquezas e misérias, como também da adoração a Deus por sua infinita misericórdia, não só suspendendo os castigos que nos seriam devidos, mas muito pelo contrário, cumulando-nos de dons e graças.

Não é, porém, essa a ação de graças do fariseu; ele se exalta a si próprio e insulta todos os outros. “Procura o que é que ele pede a Deus em suas palavras, e não descobrirás. Subiu ao Templo para orar e não quis rogar a Deus, mas sim louvar-se a si mesmo. Triste coisa é louvar-se em vez de rogar a Deus; além disso, acrescenta o menosprezo àquele que orava”.[10] “Com isso, abriu pelo orgulho a cidade do seu coração aos inimigos que a sitiavam, a qual ele inutilmente fechara pela oração e pelo jejum: são inúteis todas as fortificações quando nelas há uma brecha por onde pode entrar o inimigo”.[11]

A oração humilde salvou o publicano pecador

13 “O publicano, porém, conservando-se à distância, não ousava nem sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: ‘Meu Deus, tende piedade de mim, pecador’”.

Atitude, espírito e palavras completamente diferentes das assumidas e formuladas pelo fariseu. No publicano, tudo é humildade, contrição e pedido de clemência. Usando de um costume que já não se vê mais nas Igrejas, batia no peito sem respeito humano. Contrariamente às “modas piedosas” de hoje, nada de leviandade de espírito, de dissipação ou de perpétua agitação; falava a Deus. Bem diferente de outros que na atualidade, entram nas Igrejas sem ter feito uma oração sequer. Muitos exemplos nos dá o publicano, inclusive no que tange à substância de seu pedido: “Meu Deus, tende piedade de mim que sou pecador”.

Sentença proferida por Jesus

14 “Digo-vos que este voltou justificado para sua casa e o outro não; porque quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”.

“Na hora de entrar no Templo, os dois personagens, embora pertencendo a categorias religiosas e sociais diferentes, eram, no fundo, muito semelhantes. Na hora de sair, são radicalmente diferentes. Um estava ‘justificado’, ou seja, era justo, perdoado, estava em paz com Deus, tinha sido renovado. O outro permaneceu como era no início; mais ainda, talvez tenha piorado sua posição perante Deus. Um obteve a salvação, o outro não”.[12]

Fixemos bem nossa atenção: trata-se aqui de uma sentença proferida pelo infalível e soberano Juiz, o próprio Filho de Deus, não poucas vezes diferente da dos homens. Se, sem as luzes da graça fôssemos chamados a escolher um dos Apóstolos para se tornar o primeiro dos Pontífices da Santa Igreja, não seria exagerado imaginar que a uns julgaríamos pretensiosos, a outros, pouco ativos, ao próprio Pedro, exagerado e imprudente. Quiçá, antes de se tornar traidor, não teríamos escolhido a Judas pela sua grande discrição, segurança e habilidade em finanças, tanto mais que ele chegou a criticar Madalena pelo desperdício de dinheiro em perfumes para o Mestre, quando havia, então, muitos pobres e necessitados. Por aí nos damos conta do que seria da própria Igreja se não fosse o Espírito Santo a dirigi-la; e do que será de nós se não nos submetermos às suas inspirações.

III – A humildade levou ao Céu um ladrão

A Liturgia de hoje bem pode nos ser útil para um proveitoso exame de consciência: até onde somos humildes como o publicano? Ou haverá em nossas almas, alguma fímbria do espírito farisaico? Qualquer que seja o resultado desse exame, lembremo-nos de que: “A humildade levou ao Céu um ladrão, antes dos Apóstolos. Ora, se unida aos crimes ela é capaz de tanto, qual não seria seu poder se estivesse unida à justiça? E se a soberba é capaz de quebrar a justiça, o que não conseguirá caso se alie ao pecado?” .[13] ²


[1] SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. II-II, q.161, a.1, ad 3.

[2] Idem, a.2.

[3] TRACT SUCCAH, c.IV. In: THE BABYLONIAN TALMUD. Tracts Betzah, Succah and Moed Katan. Trad. Michael Levi Rodkinson. New York: New Talmud Publishing, 1899, p.67-68.

[4] Cf. SANTA TERESA DE JESUS. Castillo Interior. Moradas sextas, c.X, n.7. In: Obras. 2.ed. Burgos: El Monte Carmelo, 1939, p.617-618.

[5] Idem, ibidem.

[6] SÃO TOMÁS DE AQUINO, op. cit., a.3, ad 1.

[7] Idem, a.6, ad 1.

[8] SANTO AGOSTINHO. Sermo CXV, n.2. In: Obras. 2.ed. Madrid: BAC, 1958, v.VII, p.438.

[9] Cf. SANTO AGOSTINHO. De peccatorum meritis et remissione. L.II, n.8.

In: Obras. Madrid: BAC, 1952, v.IX, p.320-321.

[10] SANTO AGOSTINHO. Sermo CXV, n.2, op. cit., p.439.

[11] SÃO GREGÓRIO, apud SÃO TOMÁS DE AQUINO. Catena Aurea. In Lucam, c.XVIII, v.9-14.

[12] CANTALAMESSA, OFMCap, Raniero. Echad las redes. Reflexiones sobre los Evangelios. Ciclo C. Valencia: Edicep, 2003, p.333.

[13] SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, apud CORNÉLIO A LÁPIDE. In Luc. In: The great commentary of Cornelius a Lapide. S. Luke’s Gospel. 3.ed. London: John Hodges, 1903, p.447.